sábado, 19 de outubro de 2013

3ª avaliação de Redação (9º ano)

LEITURA, INTERPRETAÇÃO E PRODUÇÃO TEXTUAL

Leia a coletânea de textos abaixo, procurando identificar as teses e argumentos desenvolvidos por seus autores e escreva um texto dissertativo-argumentativo em prosa sobre o assunto em questão, posicionando-se contra ou a favor (d)os principais argumentos apresentados. Você poderá se utilizar de outras informações e argumentos que julgar relevantes para o desenvolvimento de seu texto, mas cuidado para não fugir ao tema. Dê um título original ao seu texto. Sua redação deverá ter uma extensão mínima de 20 linhas e máxima de 30 linhas.
Concentre-se e boa prova!


O horário gratuito de propaganda eleitoral:
é uma “chatice” ou uma esperança de um Brasil melhor?

“No Brasil, a cada quatro anos (ou dois, dependendo da circunstância) ocorrem as eleições para a escolha de novos representantes políticos mais importantes: o presidente, os senadores, os deputados (estaduais e federais), os governadores, os prefeitos e vereadores. Nos meses anteriores às eleições, as redes de TV são obrigadas, por lei federal, a reservar um espaço de uma hora diária de sua programação, no chamado ‘horário nobre’ (isto é, em torno das 20h30, período em que existe o maior número de telespectadores com seus aparelhos de TV ligados), para a veiculação da propaganda dos partidos políticos.
Os donos de emissoras argumentam que essa lei prejudica a ‘liberdade de programação’ das redes de TV, julgando portanto ‘antidemocrática’ a reserva de espaço na mídia para a veiculação de propaganda partidária. Podemos nos perguntar: o que está de fato em jogo, quando os donos de emissoras (grandes capitalistas, portanto, que visam ao lucro de seu negócio, como em qualquer outro setor de atividade capitalista) reclamam deste tempo concedido?
Na verdade, é justamente o contrário do que dizem os empresários das redes de TV. Por serem os países subdesenvolvidos carentes de populações ‘letradas’, as redes de TV é que acabam ‘educando’, já que são o meio de comunicação mais utilizado. Assim, a única possibilidade de acesso às propostas políticas dos diferentes candidatos é no ‘horário nobre’, quando a maioria das pessoas está com o televisor ligado.
Se as pessoas participassem de sindicatos, reuniões de partidos políticos, associações de bairro, ou mesmo se tivessem acesso freqüente a jornais, revistas e livros (a chamada mídia impressa), talvez nem fosse tão importante o horário político gratuito nas redes de televisão.
Será, portanto, antidemocrática a reserva desse espaço, ou será o contrário: a televisão é a última esperança num país pobre como o Brasil, de que as pessoas se informem sobre a mais importante questão democrática, que é a eleição de nossos representantes políticos?”

ADAS, Melhem. Geografia – 8ª série. São Paulo: Moderna, 2002.



O fim do horário eleitoral gratuito

O horário eleitoral gratuito é uma das maiores garantias da sociedade de que vai ter acesso à informação política. De que não são apenas os partidos ricos que vão conseguir fazer propaganda.
Em um Brasil em que os partidos comprassem o seu horário na TV, o que aconteceria seria simples: apenas os partidos mais ricos conseguiriam divulgar decentemente suas propostas. O resultado seria o fim da alternância no poder. Seríamos parecidos com os Estados Unidos, aquele lugar onde um partido só assume dois nomes diferentes e se mantém eternamente no poder.
Graças ao horário eleitoral gratuito, as pessoas vêm aprendendo a votar. Podem comparar propostas e, aos poucos, vêm aprendendo a separar o joio do trigo.
Adaptado do texto de Rafael Galvão – Vox Populi


O horário eleitoral gratuito transformou-se em ferramenta de manipulação e mistificação. Nasceu como um grito de liberdade em um momento em que a ditadura sufocava o debate político e teve um papel importantíssimo na abertura política e na construção da democracia de que gozamos hoje. Mas, atualmente, transformou-se num espaço de propaganda fantasiosa, chavões, irrealismo e ilusões, sem lugar para o debate de idéias e propostas sérias, construtivas, de futuro. Nada ali contribui para o aperfeiçoamento da democracia, nem da representação política. Constroem-se imagens, escamoteiam-se realidades.
Adaptado do texto de Luiz T. Ladeira - Vox Populi, Seção Debates

BOA PROVA!

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